Este Blog insere-se na disciplina de Área de Projecto, e tem como objectivo divulgar as actividades desenvolvidas ao longo do ano lectivo. Somos alunos da Escola Secundária de Seia e pretendemos alertar a população para a necessidade de as cidades se tornarem mais amigas do ambiente.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Pegada Ecológica e as Cidades



A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam determinados estilos de vida. Por outras palavras, a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza” , em média, para se sustentar.
Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, numa área medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade.

Composição da Pegada Ecológica


TERRA BIOPRODUTIVA: Terra para colheita, pastoreio, corte de madeira e outras actividades de grande impacto.

MAR BIOPRODUTIVO: Área necessária para pesca e extractivismo.

TERRA DE ENERGIA: Área de florestas e mar necessária para a absorção de emissões de carbono.

TERRA CONSTRUÍDA: Área para casas, construções, estradas e infra-estrutura.

TERRA DE BIODIVERSIDADE: Áreas de terra e água destinadas à preservação da biodiversidade.

De um modo geral, as sociedades altamente industrializadas, “usam” mais espaços do que os membros de culturas ou sociedades menos industrializadas.
Tendo ao dispor uma maior quantidade de bens e serviços, as populações das cidades têm uma maior tendência para-os consumirem, reflectindo-se esse consumo muitas vezes exagerado, num impacto significativo por todo o mundo. Por isso, os cidadãos das cidades possuem uma pegada ecológica maior.

Como a produção de bens e consumo tem aumentado significativamente, o espaço físico terrestre disponível já não é suficiente para nos sustentar no elevado padrão actual.
Para assegurar a existência das condições favoráveis à vida precisamos viver de acordo com a “capacidade” do planeta, ou seja, de acordo com o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que ela fornecesse.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Vamos poupar?


Os carregadores de telemóveis vendidos pelos cinco maiores fabricantes de telemóveis; Nokia, Samsung, Sony Ericsson, Motorola e LG vão ser classificados com estrelas de acordo com o seu consumo energético - quanto maior for o consumo menos estrelas são atribuídas; e o inverso também é válido - recebem cinco estrelas os carregadores que consumirem menos energia e zero os que consumirem mais.



Já se alertou para o facto de os carregadores estarem a gastar electricidade mesmo quando não estão ligados ao telemóvel, e o que isso significa na conta de electricidade ao fim do mês. Em comunicado a Nokia afirmou o seguinte:

"Se todas as pessoas que têm telemóveis que são mais do que 3 milhões, optassem por um carregador com mais estrelas seria o equivalente a poupar energia produzida por duas centrais eléctricas de dimensão média num ano."

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Certificação Energética e da Qualidade do Ar de edifícios

Este diploma aprova o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE). A Certificação Energética permite dar informação sobre mais um conjunto de aspectos importantes para a caracterização dos edifícios, nomeadamente, os consumos de energia dos edifícios e os respectivos custos energéticos durante o funcionamento normal do mesmo.

O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior tem como objecto:


  • Assegurar a aplicação regulamentar, nomeadamente no que respeita às condições de eficiência energética, à utilização de sistemas de energias renováveis e, ainda, às condições de garantia da qualidade do ar interior, de acordo com as exigências e disposições contidas no RCCTE e no RSECE;

  • Certificar o desempenho energético e a qualidade do ar interior nos edifícios;

  • Identificar as medidas correctivas ou de melhoria de desempenho aplicáveis aos edifícios e respectivos sistemas energéticos, nomeadamente caldeiras e equipamentos de ar condicionado, quer no que respeita ao desempenho energético, quer no que respeita à qualidade do ar interior.

A Certificação Energética será obrigatória para os seguintes edifícios: todos os novos edifícios a construir ou aqueles sujeitos a grandes intervenções de reabilitação, nos termos do RSECE e do RCCTE; edifícios de serviços existentes, sujeitos a auditorias periódicas, conforme especificado no RSECE; edifícios existentes, para habitação e para serviços, aquando da celebração de contratos de venda ou aluguer.

Os Certificados são emitidos por peritos qualificados e posteriormente registados na ADENE, através do pagamento de uma taxa fixada anualmente por Portaria. A validade dos Certificados, para os edifícios que não sejam sujeitos a auditorias ou inspecções periódicas, no âmbito do RSECE, é de 10 anos.

A adopção do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios será faseada, começando pelos edifícios maiores e abrangendo, gradualmente, um universo cada vez mais amplo, à medida que a experiência se for consolidando e que a população e a generalidade dos intervenientes se forem adaptando às novas regras.

Fonte: Lisboa e-Nova


Painéis solares térmicos terão benefício triplo para as famílias

Sócrates dedicou a sua intervenção a enunciar as medidas já anunciadas para este ano, com a excepção do incentivo aos painéis solares. A instalação de painéis solares térmicos em habitações particulares vai ter um “triplo benefício” para as famílias já a partir do próximo mês, anunciou hoje o primeiro-ministro, no discurso inicial do debate quinzenal, no Parlamento, dedicado à economia.

Esta medida pretende incentivar a utilização de energias renováveis, para a qual o Governo irá dispor de cem milhões de euros dirigidos à comparticipação na compra dos equipamentos e a incentivos fiscais de 30 por cento do custo do investimento.

A estes dois aspectos a favor do orçamento das famílias, José Sócrates juntou ainda a previsível redução de 20 por cento da factura energética anual de um agregado familiar.Pelas contas do primeiro-ministro, o investimento conjunto, das famílias e do Estado, poderá atingir os 225 milhões de euros e beneficiar 65 mil lares, para além de vir a criar 2500 postos de trabalho no ramo dos painéis solares.

No entender de Sócrates, esta é uma medida inovadora e preferencial para responder à crise em que vivemos, que fomenta o investimento, reduz a dependência energética e cria emprego.O discurso do primeiro-ministro centrou-se muito nestes três vectores, repetindo, inclusive, várias das medidas que já tinha anunciado neste e noutros locais onde tem intervindo.




11.02.2009 - 16h00
Por "Eduardo Melo", in
http://economia.publico.clix.pt/

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sustentabilidade nas cidades: Porque não?

Tornar as nossas cidades sustentáveis e amigas do ambiente é um processo político se repercute na gestão urbana e que requer planeamento e «uma série de instrumentos orientados para as dimensões ecológica, social e económica».


Existem alguns passos primordiais para se tornar uma cidade mais sustentável:
- o mais importante, «melhorar as acessibilidades urbanas», tornando-as «sustentáveis» - é uma etapa essencial para a melhoria global do ambiente urbano e a manutenção da viabilidade económica e energética das cidades.

- apostar na melhoria dos transportes colectivos, especialmente os de superfície. Segundo a ONU, «o futuro dos transportes passa pela superfície», o que não quer dizer que se pare de investir nos transportes subterrâneos. É, isso sim, obrigatório que todos estes transportes sejam eficientes e nunca podem competir no mesmo espaço.
- dar prioridade aos meios de transporte ecológicos, através da construção de ecovias (pistas cicláveis e percursos pedestres);

- apostar numa política educativa e de sensibilização logo desde o início da escolaridade - porque é de pequenino que se incutem novos hábitos e esses hábitos podem ser transmitidos em pouco tempo às famílias.
- apostar na separação de lixo e na reciclagem, uma vantagem não só no âmbito ambiental como no energético, uma vez que este processo também economiza energia.

Em suma, tornar uma cidade sustentável é um processo que «assenta na criatividade e na mudança e põe em causa a acção tradicional das autoridades, procurando novas competências e relações organizativas e institucionais», porque «a cidade nunca é um problema, a cidade é uma solução».

Estas medidas juntam-se a outras outras atitudes a tomar por parte dos cidadãos, nomeadamente no que diz respeito a uma mudança global dos hábitos e das rotinas diárias, de modo a que se tornem mais sustentáveis: afinal de contas, a mudança deve partir de cada um e só depois das entidades oficiais: «é como um jogo; quem começa é a comunidade, e é esta que passa "a palavra" ao poder local». Por isso, não te esqueças , também tu podes ajudar neste processo, basta que apenas mudes algumas atitudes!...
(Imagem: Parque da Cidade, Porto)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Já ouviu falar da Energia Osmótica ?

As ondas, as marés, a luz do Sol e o vento são todos fenómenos facilmente observáveis e que estão na ordem do dia quando o tema são as Energias Renováveis. Mas existe uma outra fonte alternativa que pode ser aproveitada mas que não é perceptível a olho nu - quando um rio despeja as suas águas no oceano, há uma liberação gigantesca de energia, que tem todo o potencial para ser aproveitada para geração de eletricidade.
Aproveitando esta força da Natureza a Noruega vai construir o primeiro protótipo do mundo de uma central a água do mar para explorar uma nova forma de energia renovável, anunciou hoje o grupo energético norueguês Statkraft, na origem do projecto.

Nas margens do fiorde de Oslo, a empresa pública norueguesa irá implementar no ano que vem um projecto-piloto de central "osmótica", uma forma de energia limpa que, segundo os construtores, poderá produzir 1.600 TWh em escala global, ou metade do consumo energético atual da Europa.

"E é totalmente livre de emissão de CO2", afirma Jon Dugstad, diretor da Statkraft. "O que iremos fazer é misturar água doce e água de mar, sem acrescentar nada ao processo, que é perfeitamente natural, já que ocorre sempre que um rio encontra o mar".

A energia osmótica explora a diferença de concentração entre os líquidos: separa-se as duas massas de água filtrada, uma salgada e a outra doce, através de uma membrana semipermeável, e a segunda -menos concentrada - movimenta-se naturalmente em direção da primeira.
O aumento da pressão gerada sobre a água salgada, previamente pressurizada, pode então ser transformado em energia através de uma turbina.

Caso este protótipo seja bem sucessivo, pode ser contruída uma central que produza entre 160 a 170 GWh, o suficiente para abastecer cerca de 15,000 casas com eletricidade.
Gerard Pourcelly, cientista do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique, da França) e diretor do Instituto Europeu de Membranas. "O futuro protótipo permitirá recuperar 4 watts por m2. Para alimentar um apartamento que consome 10 quilowatts, é necessário, portanto, utilizar 2.500 m2 de membranas que, mesmo se forem espiraladas, representam uma superfície equivalente à terça parte de um campo de futebol..."
O cientista acredita que esta tecnologia tem futuro. Segundo ele, "no prazo de cinco anos, pode-se considerar a generalização desse tipo de projecto, mas numa escala da ordem de algumas centenas de quilowatts, no máximo um megawatt".





Construção Sustentável no Mundo

Nos EUA, os prédios são responsáveis por cerca de 48% do total das emissões de dióxido de carbono. O uso excessivo de energia eléctrica, o desperdício de água tratada e a disposição inadequada ou a falta de reaproveitamento de resíduos da construção contribuem para o aumento do impacto causado pelos prédios sobre o meio ambiente.

Em Portugal, a certificação energética dos edifícios será obrigatória a partir de Janeiro de 2009 para todos os imóveis transaccionados ou arrendados. É expectável que os respectivos emolumentos custem 45 euros e o valor da certificação possa variar entre 2 e 3 euros por metro quadrado. Estes valores foram admitidos por Alexandre Fernandes, director-geral da ADENE - Agência para a Energia, a entidade gestora do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior dos Edifícios (SCE).
Nesta base, será expectável que o custo médio da certificação de um imóvel custe entre 245 e 345 euros para uma área de 100 metros quadrados ou entre 445 e 645 euros para 200 metros quadrados.

De seguida, apresentamos uma lista de 15 prédios classificados entre os mais verdes do mundo:
Bank of America Tower, One Bryant Park, New York: Certificação LEED Platinum
India Tower, Mumbai: Certificação LEED Ouro
Residence Antilia, Mumbai: Tradicional Vastu Design
Burj al-Taqa, UAE: prédio de escritórios 100% auto-suficiente
San Francisco Civic Tower, São Francisco: Certificação LEED Prata
Masdar, Abu Dhabi: Cidade auto-suficiente - zero em emissões
Khanty Mansiysk Tower, Sibéria: Construído para mudanças climáticas extremas
Cyrstal Island, Moscou: O maior prédio do mundo quando concluído
Transbay Tower, São Francisco: Circula 100% ar puro
CH2, Melbourne: Vencedor do prêmio das Nações Unidas
30 The Bond, Sydney: Certificação ABGR 5 estrelas (equivalente à certificação LEED Ouro)
Cor, Miami: Design sustentável
BMW Welt, Munique: Máximo uso de energia solar
DuBiotech, Dubai: Será um dos maiores prédios verdes do mundo
Clinton Presidential Library, Little Rock: Certificação LEED Platinum

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Cidade Sustentável no meio do Deserto

Uma notícia destas só podia vir das Arábias, é um misto de utopia e visão urbana futurista o empreendimento proposto pelo gabinete de Norman Foster para a cidade de Masdar em Abu Dhabi.
O projecto de seis milhões de metros quadrados é baseado no modelo árabe da cidade murada articulado com tecnologia moderna de modo a alcançar uma sustentabilidade com desperdício energético nulo e continuo aproveitamento das energias utilizadas.

A cidade desenvolver-se-à em duas fases, suportadas em primeiro lugar pela central nuclear que se transformará na área de intervenção para a grande construção numa segunda fase. Assim, garante-se o crescimento urbano progressivo evitando que intervenções de pequena escala acabem por consumir o plano geral.

Masdar transformar-se-á num dos centros estratégicos de Abu Dhabi, com o interface de transportes a operar a curta e longa distância com o aeroporto internacional, permitindo a utilização oportuna da modernas redes viárias e a inserção do lugar na estrutura feroviária e de transporte urbano.

A aposta da eco-cidade não deixa de surpreender pela fonte de investimento, os Emiratos Árabes Unidos, maná exportador de petróleo e nação plena de auto-suficiência energética aposta assim numa estrutura a larga escala de uma urbe construída de raiz. Um investimento suportado pelo plano de desenvolvimento daquele país onde a qualidade da produção arquitectónica tem sido um dos princípios de estruturação urbana e ambiental que certamente constituirá um importante objecto de análise nos anos que se seguem.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Videos

Apresentamos aqui alguns videos, acerca do nosso tema.








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